sábado, 18 de setembro de 2010

Ser crucificado

Se porventura fizeste-me apanágio
às parcelas não pagas de um óbolo,
digo-lhe: “leve daqui mau presságio,
leve-o à pé ao socorro monólogo,
seja-te por não seres plágio
a causalidade em duos-solilóquio,
na sentença do intestino ágio,
na perca do septo em lóculo”...
...as cruzes já me fazem aborto,
no gólgota Ele foi morto,
um crucificado em Jerusalém.
Pus-me o suor da minha cruz,
em carne, veio-me à boca o pus,
impedindo-me do dizer amém.

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