sábado, 9 de outubro de 2010

Grupo de Laocoonte

Daqui permaneço hesitante, sei que pereço
na aurora dos porcos por me ser o que fui-me.
E que tua matéria me ponha do avesso,
cobrindo-se em erma pompa Laocoonte
na espessura do gesso da tua função de gume,
por debaixo de nenhum sol que sois-me Vênus
qual outrora sóis afundados em ataúdes,
num fosso e mais um vasilhame pequeno.
No início, constituir musas com Mnemósina
no leito seco que desfez-se informal,
nas costas longínquas foram os deuses embora
ao finito humano preenchido em cal,
qual verborragia que se não faz Obra
qual síntese idílica sem lhe ser formal.

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